Códigos bidimensionais - Um olhar sobre as tecnologias futuras
Sobre o que são realmente os códigos bidimensionais? E que benefícios esses códigos oferecem especificamente para a logística?
Onde o código de barras clássico já dominou, a logística agora está se movendo cada vez mais para códigos bidimensionais. Eles oferecem potencial de aplicação promissor que vai muito além das funções de identificação pura.
Inspirado pelo código Morse, em 1949, o estudante americano de TI Norman Joseph Woodland esboçou sua primeira ideia de código de barras na forma de linhas verticais em areia macia na praia. Naquela época, ninguém tinha idéia de que, três décadas depois, esse código de barras em todas as suas variações teria um impacto decisivo nos processos de trabalho em comércio, indústria e logística. O código de barras GS1-128 (anteriormente chamado de EAN 128) e o código de barras SSCC de 18 dígitos codificados nele foram usados desde meados da década de 1990 para gerenciar processos em logística e na Dachser. É uma tecnologia que permanece altamente eficiente e adequada para uso prático.
Além dos códigos de barras unidimensionais, no entanto, seus parentes - os códigos bidimensionais - também estabeleceram um caminho para transformar a logística. O código 2D mais conhecido é o código QR. Inventada no Japão em meados dos anos 90, a tecnologia então pioneira foi apelidada de "QR" para "resposta rápida". Hoje, todo mundo já viu o campo de pixel quadrado com os três quadrados de posição fixos nos cantos. Isso ocorre porque os códigos QR podem ser facilmente lidos através da tecnologia da câmera do smartphone - uma grande vantagem sobre os códigos de barras, que geralmente são mais fáceis de capturar com os scanners a laser. Como agora existem mais de três bilhões de smartphones no mundo, quase metade da população do mundo tem os meios técnicos básicos para usar o campo de pixels bidimensional. O código QR é, portanto, um padrão disponível globalmente que também é encontrado, por exemplo, nos padrões atuais do setor GS1 ou nos da Associação Alemã da Indústria Automotiva (VDA).
Aplicações interessantes para logística
A análise de imagem moderna torna possível capturar e ler vários códigos QR simultaneamente e em movimento. Isso abre aplicações interessantes envolvendo câmeras estacionárias em armazéns e fábricas, ou câmeras móveis conectadas, por exemplo, a drones ou veículos autônomos.
Outra vantagem que os códigos QR oferecem é que um deles pode criptografar até 4.296 caracteres alfanuméricos - cem vezes mais que um código 1D de tamanho comparável. Um bit é representado como um pixel branco ou preto (também chamado de módulo). Os links da Internet também podem ser armazenados dessa maneira - tudo o que os usuários de smartphones precisam fazer é escanear o código QR para ir diretamente a um site.
Além do código QR tão comum na vida cotidiana, a logística utiliza outros códigos 2D: principalmente o código Data Matrix (que geralmente possui quatro quadrantes) e o código asteca (com um quadrado de posição no meio). Esses códigos oferecem outras propriedades para determinados casos de usos.
Em suma, os códigos 2D permitem uma ampla gama de aplicações em logística que agora vão além da mera identificação e armazenamento de dados. Usando códigos 2D e reconhecimento óptico de imagens, as remessas podem ser localizadas em prédios e rastreadas em tempo real. Os veículos autônomos no armazém recorrem a eles para navegação, e a tecnologia também facilita a medição de pacotes com rapidez e facilidade. Além disso, os códigos 2D desempenham um papel cada vez mais importante na digitalização de documentos em papel.
Como já foi o caso do código de barras, o enorme potencial do código 2D está se tornando aparente apenas várias décadas após sua invenção. Agora, mais e mais inovações estão surgindo da antiga tecnologia do futuro.